domingo, 6 de dezembro de 2009

Esclarescimentos sobre a postagem anterior

Não sei se todos estiveram à parte dos acontecimentos que me fizeram elaborar a postagem de ontem, mas, por via das dúvidas, descreverei brevemente os fatos.

No dia 03/12, a atriz Leila Lopes, que já participou de várias novelas da Globo e recentemente partiu para o mercado de filmes pornográficos, foi encontrada morta em sua residência (http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u661197.shtml). A polícia suspeita de suicídio.

Tão logo a notícia se espalhou, os piadistas de plantão do Twitter dispararam seu arsenal de piadinhas - algumas delas razoáveis, outras bem infames. Até aí, não vi lá muitos problemas - não quero entrar em um moralismo simplista. Algumas piadas eram, de fato, boas, sem atacar diretamente os valores humanos (por exemplo, piadas que comparavam a morte da atriz com a do locutor Lombardi, do SBT).

Nesse contexto, Rafinha Bastos, do programa semanal da Bandeirantes CQC (http://www.band.com.br/cqc/), um programa bem a gosto da classe média paulistana, lançou a seguinte piada, via Twitter: "Ñ condenem o suicídio. Pense: Se vc fosse a Leila Lopes, o q vc faria?"

A partir daí, o humorista recebeu uma série de críticas pela rede informacional. Como se não bastasse a infelicidade da referida piada - que atacou moralmente a integridade não só de uma atriz, mas de todos seus amigos e familiares, sofrendo por sua recente perda (e que NÃO PRECISAVAM ler esse tipo de comentário), Bastos lança um comentário de "defesa que soa ainda pior: "A todos os q se ofenderam c/ o q eu disse da Leila Lopes: A vida é ótima e suicida tem mais é q se fuder".

(Aliás, esse tipo de reação parece ser bem próprio dos membros do CQC: Danilo Gentili já foi acusado de fazer uma piada racista e, ao se defender, causou ainda mais mal-estar entre seus seguidores de Twitter).

Enfim, foram esses acontecimentos da presente semana que me motivaram a escrever a última postagem.

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